Goraksha Paddhati

Os melhores dentre os melhores recorrem ao Yoga, que é o fruto da árvore da revelação (shruti) que atende a todos os desejos, cujos ramos abrigam os nascidos duas vezes, que pacifica as tribulações da existência. Afirmam eles que os seis membros do Yoga são a postura, a contenção da respiração (prâna-samrodha), o recolhimento dos sentidos, a concentração, a meditação e o êxtase.

Goraksha Paddhati, um dos shastras do Hatha Yoga, disponível para download na seção Acervo deste site. Link direto para download aqui.

Meus agradecimentos à Karen por compartilhar o texto.

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Comentários

Alan disse…
Vc que entende...

se esses textos foram escritos nesta tal de escrita crepuscular, com o intuito de não passar o conhecimento adiante para pessoas não iniciadas, qual é o sentido então de lê-los????

Eu os leio, mas agora fico meio... como diria... descrente da utilidade desta leitura...

O mesmo acontece com os Yoga Sutras de Patanjali... também eles foram escritos nessa língua cifrada????

Obrigado pela resposta, desde já.

Abraço

Ommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Alan
Christian disse…
Estou longe de ser alfabetizado em sandhyabhasha («linguagem crepuscular»), mas do que pude assimilar até o momento deduzo que:

1) O sandhyabhasha é característico do Tantrismo e do Nathismo. Inclusive por isso não me parece que tal tenha sido a linguagem usada por Patañjali em seus Sutras.

2) O sentido de ler shastras do Hatha Vidya (estes, sim, permeados pelo sandhyabhasha) está no fato de que nem tudo é oculto. Com uma leitura atenta e com uma dose razoável de bom senso é possível deduzir, por exemplo, que o padmasana realmente é uma postura importante e viável, que deve ser praticada, e que não é possível nem recomendado extrair o intestino pelo ânus para lavá-lo (como indicado no Gheranda Samhita, I:22-25). Ou seja, algumas informações são bem claras, apesar da linguagem oculta, e também é bem claro nos shastras a linha que traçada do início ao fim desses textos. Pode-se deduzir desses textos métodos e objetivos, ainda que cada técnica ou conjunto de técnicas sejam entremeadas de explicações às vezes confusas ou absurdas.

3) Ademais, é possível que o sandhyabhasha tenha sido uma forma arcaica de «reserva de mercado», já que a orientação de um guru pode sanar eventuais dúvidas que surgem com tais leituras. Não é difícil notar que os shastras não são «manuais para a prática» e é possível que tenham sido escritos num contexto muito particular (uma espécie de «apostila com notas de aula») e, portanto, devem ser usados tendo em vista esse contexto (ou mesmo buscando reproduzir esse contexto), que inclui a orientação de um guru.

É isso aí. Obrigado pelo comentário, Alan. Retorne quando quiser.

AbraçOM