«O Tao que pode ser pronunciado não é o Tao verdadeiro» -- Lao Tzu.
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«O caminho para a verdade passa pela destruição do falso» -- Nisargadatta Maharaj.
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Um yogin não tem interesse na auto-expressão, porque sabe que idéias são obstáculos -- e pouco importa se essas idéias são discutidas de forma capenga, num papo despretensioso ao final de uma aula, ou se são organizadas minuciosamente, num artigo bem escrito, com começo, meio e fim. Um yogin também não tem interesse na expressão das idéias alheias, sejam elas «boas» ou «ruins». Para um yogin, basta que seu sadhana seja mantido. Textos nada têm a ver com isso; até mesmo os shastras são encarados desta forma: shastras estão para o yoga assim como um cardápio está para uma refeição. O caminho do yogin é o silêncio.
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Perguntam-me por que insisto em escrever sobre o que não é yoga. A resposta é simples: palavras só expressam aquilo que pode ser colocado em palavras. Mesmo que eu fale das técnicas do hathayoga, da filosofia contida no Bhagavad Gita e nos Upanishads, dos ensinamentos de Patañjali e de várias outras coisas que nos levam numa direção que a maioria de nós chamaria de yoga, eu estaria falando de «coisas», não de yoga. Por definição, é impossível falar de yoga.
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Nirodha é a própria substância da definição de Patañjali. Nirodha expressa a importância de não fazer, não somar, não adicionar, não acumular, não repetir, não ecoar, não oscilar. Nirodha é a expressão máxima do yoga como caminho negativo.
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