por Christian Rocha
Fenômeno curioso tem acontecido no yoga ultimamente, sobretudo no Brasil: depois de duas ou três décadas de fitness explícito (tirem as crianças da sala), muitos professores começaram a mudar o discurso ao ponto de negar os propósitos e benefícios estritamente corporais do yoga. Isto não implicou uma mudança no que é feito, mas apenas naquilo que é dito. A nova retórica dispensa o corpo e prioriza a mente e principalmente o espírito, tudo em nome da tradição.
Analisemos.
Os «studios» continuam disseminando alinhamento, força, plasticidade, claro (você acha mesmo que uma escola de Iyengar Yoga iria lançar no lixo aquela fortuna em props? tolinho...). Mas desta vez, quando questionados sobre isso, os professores respondem, num tom que se situa entre o jocoso e o blasé, que tais atributos são secundários, que as técnicas corporais realmente apontam para samadhi e que, no fim das contas, discussões em torno dessas coisas não têm importância e devem ser dispensadas, pelo bem do próprio yoga.
A versão sincera dessa resposta é a seguinte:
Na prática é a mesma coisa. Sim, é uma nova modalidade de yoga, é um novo uso porco (isto é um eufemismo) do termo «yoga» e, portanto, é mais um tijolinho na Grande Muralha de Difamação do Yoga. Mas desta vez os criadores da porcaria (isto é um eufemismo) estão imunes à crítica: não é o yoga que está sendo «usado» e alterado, é a outra disciplina que está se abrindo para o yoga e que o recebe como um «plus», como forma de obter uma «dimensão espiritual» que sem o yoga seria impossível de se obter. Você pode jurar que se trata de mais um incrível método que mistura algum vegetal de duplo sentido, algum esporte radical, alguma ideologia para-um-mundo-melhor ou algum utensílio de cozinha com yoga, mas não... é o yoga que, todo pimpão, está estabelecendo novas fronteiras. Ã-hã...
Vejamos por que é bom ser cético nessas horas.
Recentemente vi uma foto de duas pessoas fazendo «pose de yoga» pendurados em cordas. Lugar bonito, pessoas bonitas, foto bonita. Na legenda «Yogacharya Fulano de Tal e chela Sicrano de Tal realizando parivrttabaddhaparsvakonasana» (ou qualquer outro asana aleatório de nome muito extenso e dificuldades anatômicas óbvias). Aí a foto deixou de ser bonita. Conversando com as pessoas da foto, deparei-me com a nova retórica:
É claro que só leigos totais acreditam nisso. E, quando menos se espera, eis a patota de leigos fazendo pose pendurados em cordas -- e aquilo que não tem a pretensão de ser yoga subitamente se transforma numa reunião de chelas realizando asanas sob orientação de um yogacharya num ashram. Com cara de meditação, claro.
Nestas circunstâncias, insistir numa segunda conversa dará em nada ou ampliará o lodo da nova retórica, porque, o que antes era validado com o argumento da falta de pretensões, a partir deste segundo momento será validado com a ascendência do líder. Infelizmente terei que me referir a algumas pessoas/instituições, mas talvez isto ajude os citados a tomar conhecimento de que seus nomes estão sendo usados para dar «estofo espiritual» para coisas que até ontem mal existiam, que podem ser adquiridas em hipermercados e que vieram à tona graças aos movimentos habituais da moda. Por exemplo:
A mensagem é evidente: se o sujeito estuda sânscrito, se estuda as escrituras sob orientação de um scholar ou de um swami, se está formalmente ligado a alguém de nome difícil, não é impróprio ele dar ao termo yoga a acepção que lhe parecer adequada e conveniente, por exemplo, para promover um workshop de «Acro Yoga». Ele pode ensinar o método Iyengar de fisioterapia, pode ensinar o método Jois de mega-power-ginástica, pode vender um coquetel de yoga-vedanta-budismo-cristianismo em garrafinhas e DVDs, pode usar cordas, pranchas, pode usar até tridentes em brasa -- ele vai todo ano à Índia, bebeu da fonte, conhece o yoga verdadeiro, está ligado a um mestre que tem sotaque; logo, ele pode ensinar o que quiser.
A rigor, e no território estrito da própria vida, das próprias aulas e da própria escola ou loja, é claro que essa liberdade é absoluta: o sujeito realmente pode ensinar o que quiser. Enquanto houver espectadores, alunos e consumidores, faça o que quiser e seja feliz. Jamais vou negar essa liberdade.
O que também não se pode negar -- ou, pelo menos, não se pode negar sem assumir que está mentindo -- é que cada atitude dessas aumenta a confusão gigantesca que já existe em torno do yoga. Em médio ou longo prazo, ampliar a confusão é dar um tiro no próprio pé, porque cedo ou tarde todos os clientes-alunos angariados tornar-se-ão professores professoras ou dir-se-ão yogins ou yoginis que vão acreditar que a essência do yoga não é o exercício da liberdade simples (conforme ensinam tantos mestres), mas o exercício da liberdade de criar mais e mais e mais e mais «métodos despretensiosos de ginástica espiritual» (visualize alguém desenhando as aspas no ar), mais e mais e mais e mais cursos de formação, assim, como quem não quer nada, mas já querendo dinheiro e aprovação.
Infelizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- só há uma coisa capaz de validar o yoga: samadhi.
Felizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- quase ninguém sabe o que é samadhi e a curiosidade humana para coisas sem sentido é infinita.
Morcegos, esses iluminados.
Fenômeno curioso tem acontecido no yoga ultimamente, sobretudo no Brasil: depois de duas ou três décadas de fitness explícito (tirem as crianças da sala), muitos professores começaram a mudar o discurso ao ponto de negar os propósitos e benefícios estritamente corporais do yoga. Isto não implicou uma mudança no que é feito, mas apenas naquilo que é dito. A nova retórica dispensa o corpo e prioriza a mente e principalmente o espírito, tudo em nome da tradição.
Analisemos.
Os «studios» continuam disseminando alinhamento, força, plasticidade, claro (você acha mesmo que uma escola de Iyengar Yoga iria lançar no lixo aquela fortuna em props? tolinho...). Mas desta vez, quando questionados sobre isso, os professores respondem, num tom que se situa entre o jocoso e o blasé, que tais atributos são secundários, que as técnicas corporais realmente apontam para samadhi e que, no fim das contas, discussões em torno dessas coisas não têm importância e devem ser dispensadas, pelo bem do próprio yoga.
A versão sincera dessa resposta é a seguinte:
— Olha, Christian, é claro que eu sei que o lance não é o corpo, eu sei que o objetivo é atingir a iluminação. Agora me dá licença que meu workshop de Acro Yoga vai começar.Uma outra resposta comum é aquela que coloca o yoga como uma espécie de lubrificante ou verniz de atividades físicas sem relação com o yoga. Por exemplo, a soma de uma arte marcial com o yoga é justificada através dos benefícios que o yoga pode proporcionar à arte marcial, não pelo eventual estabelecimento de uma nova «modalidade de yoga», pois faz tempo que o mercado ligou o desconfiômetro quando lhe são oferecidas novidades sensacionais e irresistíveis (como um Combat Yoga).
Na prática é a mesma coisa. Sim, é uma nova modalidade de yoga, é um novo uso porco (isto é um eufemismo) do termo «yoga» e, portanto, é mais um tijolinho na Grande Muralha de Difamação do Yoga. Mas desta vez os criadores da porcaria (isto é um eufemismo) estão imunes à crítica: não é o yoga que está sendo «usado» e alterado, é a outra disciplina que está se abrindo para o yoga e que o recebe como um «plus», como forma de obter uma «dimensão espiritual» que sem o yoga seria impossível de se obter. Você pode jurar que se trata de mais um incrível método que mistura algum vegetal de duplo sentido, algum esporte radical, alguma ideologia para-um-mundo-melhor ou algum utensílio de cozinha com yoga, mas não... é o yoga que, todo pimpão, está estabelecendo novas fronteiras. Ã-hã...
Vejamos por que é bom ser cético nessas horas.
Recentemente vi uma foto de duas pessoas fazendo «pose de yoga» pendurados em cordas. Lugar bonito, pessoas bonitas, foto bonita. Na legenda «Yogacharya Fulano de Tal e chela Sicrano de Tal realizando parivrttabaddhaparsvakonasana» (ou qualquer outro asana aleatório de nome muito extenso e dificuldades anatômicas óbvias). Aí a foto deixou de ser bonita. Conversando com as pessoas da foto, deparei-me com a nova retórica:
— Claro que não se trata de realizar yoga em cordas, porque seria uma tolice tentar fazer isso, trata-se de usar as técnicas do yoga para enriquecer a ginástica realizada em cordas.Ah, então tá bom, posso respirar aliviado, o santo nome do yoga permanece imaculado e bem protegido num cofre de prata.
É claro que só leigos totais acreditam nisso. E, quando menos se espera, eis a patota de leigos fazendo pose pendurados em cordas -- e aquilo que não tem a pretensão de ser yoga subitamente se transforma numa reunião de chelas realizando asanas sob orientação de um yogacharya num ashram. Com cara de meditação, claro.
Barbie mudra. Good for you.
Nestas circunstâncias, insistir numa segunda conversa dará em nada ou ampliará o lodo da nova retórica, porque, o que antes era validado com o argumento da falta de pretensões, a partir deste segundo momento será validado com a ascendência do líder. Infelizmente terei que me referir a algumas pessoas/instituições, mas talvez isto ajude os citados a tomar conhecimento de que seus nomes estão sendo usados para dar «estofo espiritual» para coisas que até ontem mal existiam, que podem ser adquiridas em hipermercados e que vieram à tona graças aos movimentos habituais da moda. Por exemplo:
Estes e muitos outros itens têm sido usados como forma de validar e justificar subliminarmente as propostas mais exóticas.
- Estuda vedanta e sânscrito com Gloria Arieira.
- É discípulo de Swami Dayananda.
- Segue a tradição de Paramahansa Satyananda.
- Formou-se no Sivananda Yoga Vedanta Centre.
A mensagem é evidente: se o sujeito estuda sânscrito, se estuda as escrituras sob orientação de um scholar ou de um swami, se está formalmente ligado a alguém de nome difícil, não é impróprio ele dar ao termo yoga a acepção que lhe parecer adequada e conveniente, por exemplo, para promover um workshop de «Acro Yoga». Ele pode ensinar o método Iyengar de fisioterapia, pode ensinar o método Jois de mega-power-ginástica, pode vender um coquetel de yoga-vedanta-budismo-cristianismo em garrafinhas e DVDs, pode usar cordas, pranchas, pode usar até tridentes em brasa -- ele vai todo ano à Índia, bebeu da fonte, conhece o yoga verdadeiro, está ligado a um mestre que tem sotaque; logo, ele pode ensinar o que quiser.
Cada remada, um samadhi.
A rigor, e no território estrito da própria vida, das próprias aulas e da própria escola ou loja, é claro que essa liberdade é absoluta: o sujeito realmente pode ensinar o que quiser. Enquanto houver espectadores, alunos e consumidores, faça o que quiser e seja feliz. Jamais vou negar essa liberdade.
O que também não se pode negar -- ou, pelo menos, não se pode negar sem assumir que está mentindo -- é que cada atitude dessas aumenta a confusão gigantesca que já existe em torno do yoga. Em médio ou longo prazo, ampliar a confusão é dar um tiro no próprio pé, porque cedo ou tarde todos os clientes-alunos angariados tornar-se-ão professores professoras ou dir-se-ão yogins ou yoginis que vão acreditar que a essência do yoga não é o exercício da liberdade simples (conforme ensinam tantos mestres), mas o exercício da liberdade de criar mais e mais e mais e mais «métodos despretensiosos de ginástica espiritual» (visualize alguém desenhando as aspas no ar), mais e mais e mais e mais cursos de formação, assim, como quem não quer nada, mas já querendo dinheiro e aprovação.
Infelizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- só há uma coisa capaz de validar o yoga: samadhi.
Felizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- quase ninguém sabe o que é samadhi e a curiosidade humana para coisas sem sentido é infinita.
Comentários
XD
Mundo bizzaro...
Antes de me dar ordens ou conselhos, lave as mãos e os pés e lembre-se de onde você está.
Depois disso, sinta-se à vontade para discutir e refutar as idéias contidas no texto.
Paz
Inácio Atio
como você ignorou minhas indicações e praticamente repetiu o que já havia escrito, sinto-me no direito de mandá-lo à merda -- com muito amor no coração e com votos de que você aprenda a ler o que alguém escreve especificamente a você, claro.
<3
estas são citadas quando precisam ser praticadas e assumidas por que as dita, se isso acontecesse não existiria tanta gente presa nas amarras das informações ludibries.
Sheila.
Vale aqui lembrar que o real objetivo do Yoga é moksha e não o samadhi, como ele disse; samadhi é o objetivo da sadhana. Objetivo da filosofia como um todo = moksha. Objetivo da prática diária = samadhi. E vale lembrar também que o próprio Yoga nos diz para nos libertarmos da própria tradição do Yoga, pois se ele está dentro de você, você faz dele o que bem entender; se quero fazer asanas e pranayamas pendurado, quem em sã consciência vai me dizer que estou errado? E o que ele me diz sobre o Yoga Kuruntha então?
O autor deste texto é mais um dos que não entenderam o conceito do Yoga e não tiveram ainda a capacidade de desenvolver e sistematizar o seu próprio Yoga, e é óbvio que vai encher o saco de quem faz Vai lá cara, siga os ensinamentos de Patanjali e crie o seu Yoga, e deixe quem ama de verdade esta filosofia interpretá-la do jeito que achar melhor; isso é Yoga!
Um forte abraço!
Gustavo
se você tem interesse em dialogar, me responda três coisas:
1) Você chamaria de evolução o que tem acontecido no yoga há mais de cinco décadas?
2) O que o yoga tem a ver com «manter o corpo saudável»?
3) Você pediu minha opinião sobre um cinto? Sério mesmo?
Abraço
você obviamente só está aqui postando comentários porque ficou magoadinho com o que eu escrevi. Você me recomenda humildade e estudo, mas não é capaz de manter um diálogo simples. Você sequer sabe a que tradição pertenço e sai afirmando que não há yogins somente na minha tradição? Hilariante.
Manter um diálogo simples implica expor o que você efetivamente sabe. Fiz três perguntas muito simples a você. Você respondeu apenas uma delas, sem esclarecer seu comentário anterior e intensificando sua avalanche de bobagens.
Repetirei as duas perguntas que você não respondeu:
1) Você chamaria de evolução o que tem acontecido no yoga há mais de cinco décadas?
2) O que o yoga tem a ver com «manter o corpo saudável»?
Refarei a terceira pergunta, já que sua resposta foi tautológica:
3) Você pediu minha opinião sobre a prática de asanas pendurado? Se existe uma tradição de yogins que há séculos desenvolvem técnicas pendurados, que tradição é essa? Qual a referência? Alguma indicação de leitura ou de parampara?
E faço mais duas perguntas:
4) O que você entende por yoga?
5) Como você pratica yoga?
E um esclarecimento:
Eu sei que o objetivo do yoga é moksha. Porém, o objetivo das técnicas do hathayoga é a última e definitiva técnica: samadhi. Espernear como você esperneou e me acusar de dizer que o objetivo do yoga é samadhi é muito comum em pessoas que confundem objetivo e método e que não compreendem as diversas acepções que yoga adquire conforme o contexto em que o termo é utilizado.
Talvez este artigo o ajude:
http://www.yogailhabela.org/2012/11/10-coisas-sobre-o-yoga-que-voce-nao.html
1) «(...) quando questionados sobre isso, os professores respondem, num tom que se situa entre o jocoso e o blasé, que tais atributos são secundários, que as técnicas corporais realmente apontam para SAMADHI (...)»
2) «Infelizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- só há uma coisa capaz de validar o yoga: SAMADHI.»
3) «Felizmente -- para os hipsters do yoga e outros adeptos da nova retórica -- quase ninguém sabe o que é SAMADHI e a curiosidade humana para coisas sem sentido é infinita.»
Como indiquei acima ao Gustavo, é evidente que o objetivo do yoga é moksha. Porém o objetivo das técnicas do yoga (como as do hathayoga) é levar à prática do samadhi. Esta distinção entre objetivo e método é fundamental para entender o que se faz e aonde se pretende ou se pode chegar com o que se faz.
Para entender melhor esta distinção, é especialmente útil ver o item 1 deste artigo:
http://www.yogailhabela.org/2012/11/10-coisas-sobre-o-yoga-que-voce-nao.html
1) Não existe «simplesmente yoga» ou «apenas yoga».
Ou, para ser mais preciso: yoga existe tanto quanto existe religião e esporte como atividades realizáveis em si mesmas. Ninguém diz «eu pratico o esporte» ou «eu pertenço à religião». Diz-se, ao invés, «eu pratico um esporte» ou «eu estou ligado a uma religião», e em seguida a pessoa dirá qual esporte ou qual religião. Com o yoga acontece o mesmo. Pode-se até dizer «eu pratico yoga». O interlocutor sensato perguntará em seguida «qual tipo de yoga?» ou, ainda melhor, «como você pratica yoga?».
Pode-se argumentar dizendo que Patañjali fazia «apenas yoga», mas a única base que se tem para essa afirmação é a obra «Yoga Sutras», obra que está bem longe de constituir um sistema prático. Logo, não é com base em Patañjali que deduziríamos uma práxis. Logo, Patañjali nos ajuda a compreender o yoga, mas não a «fazer» yoga.
Nos três trechos de meu texto, que destaquei acima, acredito que o segundo é que tenha causado esse faniquito do «ele diz que o objetivo do yoga é samadhi!» Ali eu disse textualmente: «só o samadhi pode validar o yoga». O que eu quis dizer com «validar o yoga»? É evidente que estou me referindo ao que se faz. Logo, estou me referindo a uma práxis, a um método, a uma disciplina. Logo, não estamos no território de moksha.
Com efeito, ao longo de todo o artigo refiro-me a como se faz yoga e, sobretudo, ao que se faz do yoga, associando pranchas, cordas, cintos e todo tipo de invenção a essa tradição. Isto bastaria para saber que me refiro ao yoga exatamente como disciplina ou método, não como estado de libertação (moksha).
Isto teria ficado ainda mais claro se vocês se lembrassem de que no plano do jivanmukta -- isto é, no plano de moksha -- não há discussão importante ou necessária. Eu não discuto com indivíduos libertos. Eu aprendo com eles. E é por isso que vocês não me verão escrevendo sobre moksha.
como evoluir uma filosofia, práticas, que lhe proporciona a libertação, a transcendência?
o Yoga já existe, mesmo que dormente em cada um, não é necessário "criar seu próprio yoga", o Yoga é um em sua essência, necessita-se sim deixa-lo fluir e acontecer.
Se Yoga fosse interpretar a filosofia como achar melhor ela fugiria de cessar as flutuações mentais, não trata-se de interpretar e sim sentir, desbloquear as amarras e seus sentidos, recolhe-los para perceber o yoga que é imenso e simples em sua sutileza (uma vez que conectado com sua essência).
agora é interessante perceber que quem cria seu próprio yoga acha que existe pretensão naquele que expõe seu ponto de vista com a ciência de sua tradição.
Sheila.
Muito bom, Sheila.
Obrigado.
Acredito que as bizarrices associadas ao yoga sejam resultados da comodidade de se criar um próprio sistema que contemple as próprias maluquices em detrimento de se reconhecer as dificuldades e dedicação exigida, para se aprender algo em sua essência. Daqui a pouco vou começar meus estudos de arpejos no meu violão associados a um Kapálabháti, quem sabe assim eu e o violão e a escala de Mi menor nos tornemos todos um.
Obrigado.
Lucas